quarta-feira, 2 de setembro de 2020

Espinho prepara novo ciclo de obras para transformar mobilidade da cidade com 5,6 ME



Espinho prepara novo ciclo de obras para transformar mobilidade da cidade com 5,6 ME



 A Câmara Municipal de Espinho anunciou hoje um novo ciclo de obras que, envolvendo seis empreitadas num orçamento global de 5,6 milhões de euros, visa "transformar a mobilidade e a paisagem urbanística" da cidade até ao próximo verão.

Na semana passada essa autarquia do distrito de Aveiro já revelou os detalhes da obra em curso na entrada nascente do centro do concelho, o que implicará 1,7 milhões de euros para viabilizar a mobilidade suave no troço entre a avenida 24 e o acesso às autoestradas A29, A41 e A1, e agora está a finalizar as adjudicações relativas a outras seis intervenções.

O presidente da Câmara Municipal, Joaquim Pinto Moreira, diz que o objetivo é "tornar Espinho mais apelativa e ‘user friendly' do ponto de vista pedonal, transformando o cenário urbanístico da cidade com recursos que privilegiem a circulação confortável de transeuntes em detrimento da movimentação rodoviária".

As obras vão ter calendários diferentes, mas todas deverão arrancar até ao final do ano para ficarem concluídas, o mais tardar, "antes do próximo verão, para não prejudicar a época balnear".

Quanto aos incómodos gerados por essas intervenções, o autarca social-democrata assume que serão significativos, mas encara-os como "um sacrifício de que todos sairão beneficiados, particularmente os comerciantes, considerando o novo potencial de atração que estas transformações vão conferir à cidade".

Duas mudanças significativas serão a eliminação dos semáforos nos cruzamentos da Avenida 24 com as ruas 19 e 33, que, estando associados a trânsito intenso por serem os dois principais pontos de atravessamento viário da cidade, ganharão "maior fluidez" com a instalação de duas rotundas.

Essa dupla substituição constitui, no entanto, apenas uma das alterações previstas entre as empreitadas agora anunciadas, duas das quais já entregues às construtoras Manuel Couto Alves e Epopeia - Gestão e Obras Públicas, e as restantes ainda em fase de adjudicação.

No arranjo da rua 20, por exemplo, serão aplicados 1,7 milhões de euros no troço principal da via, enquanto o arranjo da área norte, mais próxima do canal ferroviário, custará 1,3 milhões.

Para além dos trabalhos na secção nascente da Rua 19, a obra na porção restante dessa artéria, no troço poente entre a rua 22 e a avenida 8, custará 850.000 euros.

Estão ainda reservados 1,1 milhões para a transformação da rua 33, ao que acrescem 300.000 euros para melhorias na rua 66 e ainda 350.000 para o arranjo da rua 6.

No geral, todas essas empreitadas preveem repavimentações, rebaixamento de bermas, renovação das redes de água e saneamento, substituição de mobiliário urbano, criação de áreas ajardinadas e reforço da oferta local de ciclovias, acrescentando assim mais 3,5 quilómetros de circuitos para ciclistas aos oito que já existem ou estão em construção na cidade (como é o caso dos 1.000 metros que vêm sendo implementados na alameda a surgir sobre o túnel ferroviário subterrâneo).

Para o extremo norte da nova alameda 8 também está prevista a criação de uma passagem inferior rodoviária, mas essa empreitada é competência específica da empresa pública Infraestruturas de Portugal (IP), no âmbito da requalificação da Linha Ferroviária do Norte. A obra viabilizará a circulação de veículos e peões por baixo da linha de comboio, voltando a ligar a secção nascente e poente da Espinho na zona conhecida pelo restaurante Cabana e por praias como a da Bola de Nívea - repondo assim a conexão que antes se processava através de uma ponte que foi eliminada por altura do enterramento da linha de comboio, em 2008.

No mesmo espírito de recuperação de ligações que se perderam quando a ferrovia passou a subterrânea, a IP também terá que construir junto ao bairro piscatório de Silvalde duas novas estruturas de circulação: um viaduto para veículos e peões, e ainda uma passagem superior estritamente pedonal, no mesmo estilo arquitetónico da que a Câmara construiu o ano passado na zona norte da Avenida 8, também junto ao restaurante Cabana.

FONTE : Lusa/Fim

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