Guerra nas estradas

Guerra nas estradas
O Blogue nasceu através de uma das séries da Guerra nas Estradas na TV canal AMC Break O Blogue Guerra nas Estradas conta histórias passa-se nas nossas estradas e nas ruas. Peões, ciclistas e condutores não respeitam as regras do código de estrada. As imagens de vídeos valem mais que mil palavras.

Direito autoral ou direito de autor

Direito autoral ou direito de autor
AVISO

quarta-feira, 14 de abril de 2021

CP transportou 337.270 clientes na Linha do Vouga em 2020




CP transportou 337.270 clientes na Linha do Vouga em 2020


A Linha do Vouga, que liga Espinho a Águeda através de Oliveira de Azeméis e Albergaria-a-Velha, transportou 337.270 passageiros em 2020, revelou hoje a CP, escusando-se a indicar as despesas com táxis nos troços com circulação ferroviária suspensa.

Em causa está a via centenária que atravessa o interior do distrito de Aveiro, também faz ligação a essa cidade através de um ramal próprio e vem há décadas sendo objeto de vários apelos por entidades empenhadas na sua reabilitação, pelo que em 2019 o Governo anunciou que seria requalificada entre 2021 e 2025, ao abrigo do Programa Nacional de Investimentos até 2030.

Questionada Lusa quanto ao desempenho dessa ferrovia específica em 2020, a CP - Comboios de Portugal apenas respondeu à Lusa que contabilizou nesse ano um total de 337.270 passageiros, o que representou 398.823 euros em "rendimentos de tráfego".

Parte desses passageiros viajaram, contudo, em táxis pagos pela CP, uma vez que no troço de 28 quilómetros entre Oliveira de Azeméis e Sernada do Vouga, no concelho de Águeda, a via-férrea não reúne condições de segurança para a normal circulação de comboios e está desde 2013 interditada a carruagens que transportem público.

A Lusa quis saber o número de clientes que utilizaram o serviço de táxi em alternativa ao comboio e qual foi o custo global dessas viagens para a CP, mas a empresa não respondeu às questões sobre o assunto.

 Referiu apenas que a despesa com o serviço rodoviário de substituição por táxi "é feita ao abrigo do Código de Contratação Pública, uma vez que a CP integra o setor público empresarial do Estado", acrescentando depois alguns pormenores sobre o funcionamento da respetiva bilhética.

"No sentido Espinho-Oliveira-Sernada, normalmente os bilhetes já foram passados pelo revisor do comboio e o motorista de táxi faz apenas a verificação dos mesmos. 

Se o cliente começar a viagem em Oliveira Azeméis, o motorista de táxi faz a venda do bilhete. 

Já no sentido Sernada-Oliveira-Espinho, é mais habitual ser o motorista do táxi a vender os bilhetes que depois são verificados pelo revisor no comboio", explica a CP.

Quanto às obras esperadas para revitalização da linha que foi inaugurada em 1908 e cuja velocidade máxima não ultrapassa os 50 quilómetros por hora devido à bitola de apenas um metro entre carris, é a IP - Infraestruturas de Portugal que faz o ponto da situação, enquanto gestora das estruturas físicas afetas à ferrovia.

"A IP tem já a decorrer estudos de contexto em conjunto com as autarquias.

 O resultado desses estudos dará orientações para os projetos a desenvolver de seguida", explica fonte da empresa pública, notando que desde início de 2021 está a decorrer o concurso público de 2,6 milhões de euros para "reabilitação da superestrutura da via entre Santa Maria da Feira e Oliveira de Azeméis".

Essa empreitada está inscrita no Plano de Reabilitação da Linha do Vouga, que, no global, prevê 34 milhões de euros para recuperação faseada de toda a ferrovia, o que incluirá "a substituição integral de carris, travessas e fixações, [nova] balastragem de via e [operações de] ataque mecânico pesado, bem como a automatização de passagens de nível", inclusive no troço de Azeméis a Sernada, onde atualmente se efetuam apenas "circulações de caráter técnico".


FONTE. Lusa/Fim


FONTE Trainspotter 128 - Abril 2021




Sem comentários: